Friday, November 7, 2008

Las aburridas bodas de Fígaro




Dia 5 de Novembro de 2008,
Teatro Municipal de Santiago,
Chile:
antepenultimo espectáculo da ópera de Mozart
“As Bodas de Figaro”.
Que dizer sobre uma obra maestra? E sobre um génio que marcou a história da música?
Face à encenação de Michael Hampe, pouco mais resta que bocejar.
A verdade é que se o trabalho do encenador não é maravilhoso a direcção musical de Jan Latham-Koening também não ajudou nada.
Um espectáculo mais interessante no papel que em cena, onde os belos esboços de Germán Droghetti se converteram numa pobre e má cenografia e em figurinos inadecuados e sem interesse.
A nível da equipa de cantores, cabe evidenciar as principais vozes masculinas de Fabio Capitanucci como Conde de Almaviva e o Figaro de Simón Orfila, que foram as estrelas da noite, apesar de pouco terem podido brilhar num espectáculo tão apagado e sem relêvo.
Entre as vozes femininas cabe salientar o Querubino da georgiana Ketevan Kemoklidze e a Marcellina da argentina Miriam Caparotta, que apesar da falta de direcção de actores, conseguiram trazer alguma “chispa” com as suas personagens.
As protagonistas femininas foram representadas de forma completamente equivocada: a Condessa de Almaviva de Nicoleta Ardelean pareceu inapropriada e antiquada, enquanto que a Susanna de Malin Christensson para além de inaudível, foi totalmente ausente de sensualidade e carácter hispanico.
Dos pequenos papeis secundários podem-se salientar o Antonio de Javier Arrey e a jovial Barbarina de Andrea Betancourt, ambos cheios de energia.
Resumindo e concluindo: é possível fazer-se um mau espectáculo, a partir de um excelente material de base, como o é esta obra genial e divertida, que resultou aborrecida para todos.

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