Monday, October 5, 2009

Nicolas Joel se despide con FAUST del coliseo de Toulouse



Nicolas Joel se despidió de su dirección del Teatro de Toulouse con esta nueva producción de Faust, reuniendo a su fiel equipo Frigerio-Squarciapino-Cheli, con el cual logró un bello montaje entre realismo y simbolismo. Una elección acertada e histórica, pues fue con esta misma ópera que Nicolas Joel se estrenó en el coliseo capitolino, además de ser una obra que conoce y domina.
La dirección musical estuvo a cargo de Emmanuel Plasson que condujo sin contratiempos a la orquesta nacional del Capitole.
El coro del Capitole se despidió de su director Patrick-Marie Aubert (que sigue a Nicolas Joel a la Ópera de Paris) con una prestación brillante, siendo protagonistas bien presentes, cantando, bailando e interpretando estupendamente.
El dúo Faust-Marguerite fue interpretado singularmente por Giuseppe Filianoti, un joven Faust lleno de dilemas interiores y gran vigor escénico, e Inva Mula, una Marguerite delicada que destacó por una fuerza dramatica siempre creciente.
Orlin Anastassov fue un Méphistophélès de gran poder teatral pero en su canto faltó el estilo francés adecuado a esta obra.
Andrew Schroeder interpretó un magnifico e impecable Valentin, justo a todos los niveles, así como Blandine Staskiewics, que defendió un Siebel lleno de sensibilidad y humanidad.
Restaria hablar de la Marthe de Isabelle Vernet de una gran comicidad y de el entregado Wagner de André Heyboer.

Junio 2009 - Théâtre du Capitole de Toulouse

ANDREA CHENIER tradicional y eficaz


Esta producción de la Ópera de Lorraine, dirigida escenicamente por Jean-Louis Martinoty fue acogida con gran ovación. No fue para menos ya que reunió un elenco soberbio de cantantes, entre los cuales la estrella incontestable fue el protagonista de Robert Dean Smith, simplemente perfecto. Compartió protagonismo el baritono Sergey Murzaev con su estupendo Charles Gérard e Irene Cerboncini como Maddalena, aunque por momentos su voz pecó de un vibrato exagerado. Habria que resaltar la Contessa de la siempre grande Stefania Toczyska, la Bersi de Varduhi Abrahamyan, y sobretodo el Abate/Incredibile de Emiliano González Toro y la Madelon de Maria José Montiel, esta ultima de una fuerza y sensibilidad interpretativas extraordinarias.

Pinchas Steinberg dirigió esplendidamente la orquesta del Capitole, aunque con alguna tendencia a tapar a los cantantes.

A esta puesta en escena tradicional contribuyó la escenografia de Bernard Arnould, bastante cargada pero efectiva, y el coreografo François Raffinot que tuvo el merito de hacer mover de forma original y armoniosa figurantes y coro.

Enero de 2009 - Théâtre du Capitole de Toulouse

Wednesday, September 9, 2009

NUDEZ MASCULINA A CANTAR E ENCANTAR

Estreia hoje, dia 8 de Setembro de 2009, no Auditório do Casino do Estoril, o audaz e ousado espectáculo «RAPAZES NUS A CANTAR!».
Concebido por Robert Schrock este espectáculo musical já correu mundo, e agora chega a Portugal, pela mão dos irmãos Henrique (direcção e adaptação) e Nuno Feist (direcção musical).
Num cenário bem articulado concebido por Carlos Mendonça e iluminado por Paulo Sabino, oito rapazes cantam, dançam, actuam e fazem saír do público muita gargalhada e diversão, e mesmo alguma emotiva lágrima.
Este desafio é assumido por oito intérpretes versáteis: João Carvalho, Alexandre Ferreira, Hugo Goepp, Pessoa Júnior, Hugo Martins, Nuno Martins, Pedro Pernas e Ricardo Spínola.
Mesmo se em alguns se nota mais à vontade nas partes cantadas e em outros nas partes coreografadas, é de louvar o excelente trabalho coreográfico de Paula Careto, e o sensível trabalho de direcção vocal de Sara Belo, que conseguiram pôr cantores a dançar e bailarinos a cantar!
O espectáculo surpreende não apenas pela nudez, que patente desde o princípio se torna algo natural, mas também pelo delicado tratamento de textos e canções, e pelo sentido de ritmo que nos faz saír da sala com vontade de voltar!

Aviso a@s amantes dos pêlos: com uma única excepção em Pessoa Júnior, todos os outros intérpretes exibem uma estética depilada (tão em voga actualmente)... mas que isso não vos impeça de apreciar este excelente espectáculo, que esperemos corra Portugal inteiro!
A NÃO PERDER!
E "Bravo"encore aos irmãos Feist, à produtora UAU e sobretudo aos oito intérpretes, por nos oferecerem este espectáculo tão generoso e sem tabus.
BRAVI, BRAVISSIMI!

«RAPAZES NUS A CANTAR»
Auditório do Casino do Estoril
A partir de 8 de Setembro de 2009:
De Terça a Sábado às 22h e ao Domingo às 17h

www.casino-estoril.pt
www.uau.pt

Friday, January 30, 2009

ODE À ÓPERA CONTEMPORÂNEA EM BILBAO








A nova direcção artística do Teatro Arriaga de Bilbao, encabeçada pelo emérito encenador de ópera Emilio Sagi, com a cumplicidade do rigoroso cenógrafo Daniel Bianco, para além de há um ano para cá terem posto em obra um plano ambicioso de recuperação dos valores bascos e espanhois, reformulando uma programação que procura igualar a de qualquer outro grande teatro europeu, conta como trunfo e objectivo trazer à cidade de Bilbao, cidade tão conhecida pelo seu museu de arte contemporânea, o famosissimo Guggenheim, espectáculos líricos raros e de alto nível artístico.
Este é o caso do espectáculo “Elegy for Young Lovers” do compositor contemporâneo Hans Werner Henze, que se exibe dias 29 e 31 de Janeiro de 2009.
Dirigido cenicamente pelo grande director italiano Pier Luigi Pizzi e musicalmente pela jovem e talentosa Gloria Isabel Ramos Triano, que dirige com mão maestra uma obra bastante rica e complicada.
No palco brilham nomes como Giuseppe Altomare que interpreta estupendamente o poeta Mittenhoffer, Christa Ratzenbock, uma carismática condessa Carolina, os jovens amantes protagonizados por Talia Or e John Bellemer, o Doctor Reischmann de Roberto Abbondanza e para coroar este elenco de excepção, a fantástica Isolde Siebert como Hilda Mack, mulher lunática e musa inspiradora do decadente poeta protagonista.
No fosso a Bilbao Orkestra Sinfonikoa – BOS protagonizou de maneira exemplar esta obra tão contemporânea.
O público, certamente pouco habituado a este tipo de obra, acudiu timidamente, não enchendo a sala deste maravilhoso Teatro, apesar de que o ditado “poucos mas bons” se fez sentir numa grande ovação final, na qual a timidez inicial foi suplantada.
Desde Setembro de 2008, momento efectivo da nova orientação de programação, que se tem podido apreciar uma actividade frutífera e sem precedentes no Teatro Arriaga, começando com a criação da zarzuela do compositor basco Pablo Sorozabal: “Katiuska”, elevando o Teatro Arriaga ao rango de productor de zarzuelas, género exclusivamente hispano e que até há bem pouco tempo apenas encontrava no Teatro da Zarzuela de Madrid, monopólio absoluto do género. A vontade de elevar a zarzuela a um espectáculo de qualidade, herdeiro de tradição espanhola e de valores artisiticos a renovar, fez escola, e Teatros como o Palau de les Arts de Valencia e o Teatro Municipal de Santiago do Chile fizeram recentemente novas produções de zarzuela.
“Katiuska” foi um grande êxito, e para os que a não puderam apreciar em Bilbao, terão a oportunidade de assistir a este espectáculo em outros Teatros espanhois como o Teatro Calderón de Valladolid, Teatro Español de Madrid ou no Festival de Zarzuela de Oviedo.
Em Dezembro o Teatro Arriaga programou “Il Viaggio a Reims”, Rossini pouco conhecido, que pela mão de Emilio Sagi encontra uma contemporaneidade cheia de brilho e matizes.
Depois desta “Elegy for Young Lovers”, em Fevereiro poder-se-á assistir à “L'infedeltà Delusa” de Haydn e uma nova producção de “Les Mamelles de Tirésias” de Poulenc, em Maio, a não perder.
No âmbito da zarzuela, uma nova producção de “Château Margaux” e “La Viejecita” encenadas pelo catalão Lluís Pascual, que aceitou o desafio de encenar por primeira vez na sua ampla carreira premiada de êxitos, não uma, mas duas zarzuelas.
Teatro Arriaga, Teatro a vigiar de perto e a tomar como referência. Porque “nuestros vecinos” estão mesmo aquí ao lado e demonstram um “savoir faire” exemplar, do qual podemos todos aprender!



Thursday, January 22, 2009

CUANDO LA ESFINGE VENCE A EDIPO


Bajo la brillante dirección de Pinchas Steinberg, esta obra inusual se apreció en esplendidas condiciones musicales. Al nível vocal destacó la preparación coral de Patrick Marie Aubert, que además de dirigir el coro adulto e infantil del Capitole, preparó tambien el coro de la Opera de Burdéos que colaboró en la obra.
Si en lo musical todo fue de gran acierto, en el escénico la cosa no fue tan pertinente: el dúo Frigerio-Squarciapino crearon una estetica gris, hieratica y rigida que en nada ayudó a captar el entusiasmo del espectador, y si las lineas minimalistas del primero se pudieron comprender, el vestuario de la segunda resultó bastante aburrido y sin interés. A esto se sumaron las luces inadecuadas de Vinicio Cheli.
Se entendió el objetivo conceptual de Nicolas Joel, que por razones de salud dejó la realización a su ayudante Stéphane Roche, que no supo dar vida a las ideas de su maestro.
Una puesta en escena pétrea, con total ausencia de acción y de dirección de actores que cantaron siempre de forma frontal y mirando fijamente al maestro, como si de un concierto se tratase.
En el escenario reinó Marie-Nicole Lemieux, con su Esfinge maravillosa vocal y teatralmente, acompañada del estupendo Tirésias de Aruntjun Kontchinian, que, a pesar de sus cortas intervenciones, no encontraron igual calidad en la prestación del Oedipe de Franck Ferrari, vocalmente correcto pero irrelevante a nível interpretativo. De subrayar las interpretaciones de Emiliano González Toro, Jérôme Varnier, Amel Brahim-Djelloul y de Maria José Montiel, una justa y sensible Mérope.


Le 14 octobre 2008

Théâtre du Capitole

Toulouse